Nesse ano, o Brasil alcançou o pior nível da crise hídrica em 91 anos. Com os níveis dos rios cada vez mais baixos, é inevitável que haja reflexo na geração de energia nas hidrelétricas.
Isso ocorre pois, nos últimos 20 anos, o Brasil dobrou a demanda de energia elétrica e as distribuidoras, por sua vez, continuaram em mesmo número.
Alguns especialistas atribuem esse cenário à falta de planejamento dos órgãos governamentais, já que a crise hídrica já vinha sendo prevista anos atrás.
Crise hídrica e o aumento da conta de energia
Provavelmente, em algum momento, você já se deparou com uma bandeira verde, amarela ou até mesmo vermelha em sua conta de energia. As cores do semáforo são a inspiração das bandeiras, e indicam se o consumidor deve, ou não, diminuir o seu consumo.
As bandeiras têm os seguintes significados:
- Verde: a bandeira verde representa a geração normal de energia elétrica, sem custos adicionais.
- Amarela: no caso da bandeira amarela, a geração de energia está abaixo dos parâmetros, o que significa que você deve economizar, o acréscimo feito é de R$1,874 por 100 kWh.
- Vermelha: a bandeira vermelha, por sua vez, é dividida em dois patamares que representam que a geração de energia está bem abaixo do previsto, e portanto, mais cara. No primeiro patamar, o acréscimo na conta é de R$3,971 por 110 kWh, já no segundo, R$9,492 por 100 kWh.
A crise hídrica pode causar um apagão
Caso o nível de chuvas não aumente, existe a possibilidade do racionamento no fornecimento de energia elétrica. Com isso, algumas indústrias estão considerando o risco de acontecerem apagões no final do ano, o que afetará diretamente a produção de bens e serviços.
Para evitar esse cenário, cada vez mais se faz necessária a adoção de outras fontes de geração de energia, como a solar, por exemplo.
Energia solar como alternativa
O Brasil está no top 15 dos países que mais geram energia solar no mundo. Contudo, a distribuição desse tipo de energia para a população no geral ainda não acontece, e as usinas hidrelétricas são responsáveis por 70% da distribuição de energia no país.
A energia solar é uma ótima alternativa quando o assunto é a crise hídrica no país, afinal, trata-se de uma fonte de energia limpa, renovável e inesgotável que existe em abundância no nosso país.
Um dos principais motivos para que esse tipo de energia não seja mais distribuído, é a insatisfação dos grandes empresários do setor hidrelétrico, que têm grande influência política.
Impacto da crise hídrica no PIB do país
Segundo pesquisa realizada pela Genoa Capital, caso seja determinada a diminuição de 10% no consumo de energia para todos os setores no período de um ano, por exemplo, o PIB pode apresentar queda de 1,5 ponto percentual.
Essa queda, pode resultar, por exemplo, no aumento da pobreza, piora da saúde, entre outras coisas. Conseguiu entender o que é a crise hídrica no Brasil e como ela afeta os valores da conta de energia? Que tal aprender também sobre como funciona o leilão de energia no Brasil, basta clicar aqui e acessar nosso blog!