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FRANQUIAS PARCELAM INVESTIMENTO INICIAL

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Marcas criam facilidades para atrair empreendedores que não dispõem de recursos para pagamento à vista e aceitam imóveis como garantia do negócio

O investimento inicial pode ser um empecilho para quem busca abrir uma franquia, ainda mais em tempos de crise como os atuais. No entanto, há alternativas para quem tem talento para empreender, mas está sem reservas financeiras para montar o negócio. Algumas franqueadoras criaram facilidades para o desembolso feito normalmente na adesão, parcelando com carência esses valores. Para melhorar as condições desses financiamentos, um bem pode ser dado como garantia. Uma das empresas que estão facilitando o investimento para abertura de uma loja é a Internacional Franchising, criada há quase 20 anos em Portugal. Seu negócio principal é a rede Arranjos Express, que oferece serviços de costura e customização de vestuário, mas também avança com a marca Sapatop, estabelecimentos voltados a consertos de calçados e bolsas e outros serviços para artigos de couro. No fim do ano passado, as duas marcas criaram o programa Chave na Mão, em que o franqueado pode começar a gerenciar uma loja nova sem pagar por taxa de franquia e outras despesas à vista. Com o programa, o candidato escolhe o ponto e participa de reuniões e do processo seletivo, e a empresa cuida do restante, incluindo a instalação de móveis e equipamentos e treinamento de funcionários. O modelo atraiu inicialmente franqueados antigos interessados em um novo ponto, mas já é oferecido a quem quer ingressar no negócio e que tenha um imóvel próprio para oferecer como garantia. O investimento de R$ 200 mil, em média, pode ser parcelado em até 56 vezes, e há carência de até seis meses para o início do pagamento. — A ideia é que o franqueado consiga pagar o financiamento e ainda possa tirar uma renda para se manter. É uma oportunidade para pessoas que perderam o emprego na pandemia ou empreendedores que também foram prejudicados com a crise econômica. Fazemos uma análise do perfil de cada um, mas as exigências não são muito diferentes daquelas previstas para um candidato que paga à vista — explica o proprietário da Internacional Franchising, Paulo Alexandre. As duas marcas da empresa já têm mais de cem lojas no Brasil, empregando cerca de 500 pessoas, e a expectativa é de que dobre o número de estabelecimentos até o fim deste ano. O Chave na Mão deve ajudar o crescimento do negócio. Apesar de o capital inicial pago à vista ser um requisito muito importante na maioria das franquias, por reduzir o risco e garantir empenho do franqueado, outras empresas também estão recorrendo ao parcelamento para atrair empreendedores com garra. CRÉDITO MAIS BARATO A rede de óticas Mercadão dos Óculos vem facilitando o pagamento da taxa da franquia para a abertura de uma loja, que varia de R$ 50 mil a R$ 70 mil. O valor pode ser dividido em até seis vezes, e o custo previsto para o mobiliário e a comunicação visual também é parcelado pela própria franqueadora. No entanto, o capital de giro deve ser quitado à vista ou financiado por um banco. A empresa se compromete a intermediar crédito mais barato junto a instituições parceiras. O objetivo é que o novo franqueado tenha disponibilidade para investir em comunicação, por exemplo, já no início do negócio. — Quase todo investimento é passível de parcelamento junto aos fornecedores e franqueadora. Isso contribui muito, pois alivia o fluxo de caixa do franqueado que pode investir em mídia e ações comerciais que trazem receita para a loja e geram resultado para a franquia — afirma Cesar Lucchesi, diretor de Novos Negócios da marca. A estratégia vem dando resultado, tanto que a empresa tem projeção de inaugurar em todo o Brasil 165 franquias neste ano e ultrapassar a marca de 700 lojas. A expectativa de expansão também leva a Energy Brasil, especializada em instalação de painéis de energia solar, a parcelar o investimento inicial do franqueado. O valor é estimado em R$ 130 mil, incluindo ta xa de franquia, adequação do ponto (reforma, mobília e fachada) e capital de giro, e pode ser financiado em até 240 vezes junto a instituições financeiras parceiras. É necessário ter um imóvel como garantia. — Neste ano, a Energy Brasil pretende comercializar mais de cem unidades em todo o Brasil. O parcelamento ajuda quando o candidato quer usar o recurso financeiro de que dispõe como capital de giro e recorre ao financiamento para pagar outras despesas, como adequação do ponto e aquisição de móveis e equipamentos de informática — diz o sócio-diretor Marcelo Macri.

Matéria publicada no jornal O Globo

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