A crise hídrica, o racionamento de energia e o risco iminente de apagão no Brasil são temas que vêm sendo muito discutidos na mídia.
Isso porque, o país está enfrentando a pior seca em 91 anos e isso tem afetado diretamente a vida de toda a população brasileira.
Apesar do setor elétrico do país possuir uma grande estrutura para atender toda nossa demanda energética, alguma coisa deu errado!
Pensando em ajudar aqueles que ainda não entenderam o que é a crise hídrica e como o Brasil chegou neste nível, criamos este artigo!
Nele, vamos falar sobre os principais pontos que levaram o Brasil a enfrentar a crise hídrica. Continue a leitura para conferir!
5 fatos sobre a crise hídrica que está acontecendo no país
1 – O Brasil está enfrentando a pior seca em 91 anos
Desde setembro de 2020, o volume das chuvas que aconteceram no Brasil é o menor em 91 anos, de acordo com dados divulgados pelo ONS.
Com o volume de água muito baixo, é quase impossível atender a necessidade das geradoras de energia e, portanto, gerar energia para o país todo.
Em maio de 2021, o Brasil atingiu uma seca severa, principalmente no Sudeste e no Centro-Oeste, que são as regiões onde ficam os principais reservatórios de armazenamento do SIN.
Ao fim do mês de maio 2021, os lagos do subsistema ocupavam somente 32% da capacidade máxima. Já no início de setembro de 2021, o volume caiu para 20%.
2 – A crise hídrica de 2021 não é igual a de 2001
Apesar do volume de água nas barragens ser menor em 2021 do que em 2001, os representantes do governo afirmam que o setor elétrico está mais desenvolvido do que há 20 anos atrás.
A partir da crise de 2001, tomaram algumas atitudes para resolver partes das deficiências do sistema, principalmente, para diversificar a matriz energética.
O Brasil ainda é considerado muito dependente da geração hídrica, com 64,9% da sua eletricidade sendo originária desta fonte, em 2001, essa fatia era de 83,3%.
Ao longo dessas duas décadas, a matriz foi diversificada e, atualmente, 21,3% da geração de energia elétrica do país vem das energias térmicas.
Outras fontes de energia renováveis também fazem parte da geração de energia do Brasil, sendo: 10,6% de eólica e 2% de energia solar.
Entretanto, o desafio a ser superado neste momento, é o fato da energia eólica e a solar não serem despacháveis.
3 – A crise hídrica tem custado caro para os brasileiros
Com os reservatórios atingidos pela seca, as termelétricas tiveram que suprir o atendimento à demanda energética.
A energia das termelétricas custa bem mais caro do que a das hidrelétricas e isso vem fazendo com que a conta de luz do brasileiro atinja patamares inéditos.
Os órgãos responsáveis elevaram a conta de energia do brasileiro a chamada bandeira tarifária da “Escassez Hídrica”, que elevou ainda mais o preço da energia. Esta bandeira tarifária tem validade até abril de 2022.
Esta bandeira adiciona o valor de R$14,20 à conta de energia a cada 100 kWh consumidos. O valor é 49,6% maior do que a bandeira tarifária vermelha patamar 2, que era a cobrada anteriormente.
O objetivo da bandeira tarifária é arcar com o custo da geração termelétrica.
Apesar da conta ter ficado mais cara, não podemos evitar o uso da energia termelétrica, uma vez que este é o modelo adotado pelo setor elétrico brasileiro para suprir as necessidades do país.
As termelétricas são contratadas para ficar de prontidão e permanecem desligadas até o momento em que o ONS decide que elas precisam funcionar.
4 – Conheça as outras medidas para enfrentar a crise
A primeira medida tomada para evitar o apagão no país foi o acionamento das térmicas. Assim como a compra de energia de países vizinhos e a alteração em cronogramas de desligamentos programados em usinas.
Depois, o CMSE recomendou o aumento da contratação de energia e de reserva de capacidade e simplificação de processos de licenciamento de novas usinas.
O objetivo dessa medida é garantir o fornecimento de energia para todos os brasileiros entre 2022 e 2025, até que as hidrelétricas consigam se recuperar.
Também foram tomadas algumas medidas que buscam reduzir o consumo de energia no país.
Uma das medidas para reduzir o consumo de energia elétrica se destina para os grandes consumidores – as indústrias.
Conforme as diretrizes estabelecidas, as empresas que economizarem um mínimo de 5 MW de energia a cada hora, receberão recompensa financeira pelo racionamento voluntário.
A ideia central desta medida é deslocar esta energia dos grandes consumidores. Isso acaba aliviando os horários de pico e colaborando, assim, para que a energia fique mais barata.
Foi decretado, além disso, o racionamento de energia compulsório no serviço público. Esse decreto faz com que os órgãos governamentais consumam 10% a menos de energia até abril de 2022.
O governo também estendeu a bonificação pela redução voluntária do consumo para os pequenos consumidores. O bônus será de R$50,00 a cada 100 kWh reduzido no consumo.
A faixa de economia para receber o bônus é limitada entre 10 e 20%.
5 – Confira quais são as projeções para 2022
Com a piora significativa do cenário das hidrelétricas, portanto, alguns analistas acreditam que o risco de racionamento e apagões está cada vez maior.
Segundo um relatório divulgado pela XP, a geração hídrica mais baixa que tem acontecido no Sudeste, exige trazer mais energia das regiões Norte e Nordeste.
Esse fato, no entanto, coloca mais pressão no sistema de transmissão. Além disso ele exige uma operação com menos backups, para atender toda a demanda energética do país.
Isso significa que o sistema ficará extremamente vulnerável a distúrbios como queimadas, tempestades e falhas humanas, por exemplo.
O risco de corte no abastecimento é real e a probabilidade de racionamento de energia é de 17,2% para 2022.
Os órgãos responsáveis pela energia do Brasil também acreditam que pode faltar energia para abastecer os setores que ainda estão se recuperando, depois da crise do novo coronavírus.
Mesmo que a estação seca de 2021 seja superada, ainda é possível que o sistema hídrico entre em 2022 com uma situação crítica.
Segundo o pesquisador sênior do Grupo de Estudos do Setor Elétrico da UFRJ, o fim da seca e a transição para o período de chuvas é uma grande preocupação.
“Conforme o tempo for passando, vai surgir outra preocupação, que é o abastecimento do no que vem, porque a gente vai gastar as reservas que tinha. É uma coisa que vai entrar no radar. É inevitável que os reservatórios cheguem no fim de 2021 em condições absolutamente críticas e isso torna o sistema vulnerável a um 2022 que também pode ser seco”. – Disse Roberto Brandão.
Deseja fugir dos apagões? Então, invista em energia solar
Como você pode perceber, a crise hídrica pode afetar os brasileiros até 2022 e as consequências disso podem ser sérias.
Por isso, se você não quer correr o risco de sofrer com os apagões e com o racionamento de energia, chegou o momento de investir em energia solar.
Gerando a sua própria energia sustentável, você fica livre dos riscos da crise hídrica e ainda ajuda o Brasil a racionar o consumo de energia elétrica.
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