No segmento que inclui o consumidor residencial de energia solar, crescimento foi de 21,5%; resultado ainda não reflete o impacto do Coronavírus no setor.
Mesmo com os impactos na economia devido ao Coronavírus, o segmento de energia solar no Brasil apresentou números extremamente positivos no primeiro trimestre do ano.
Quem divulgou os dados foi a Associação Brasileira de Energia Solar Fotovoltaica (ABSOLAR).
A fonte solar fotovoltaica atingiu a marca de 5.114 gigawatts (GW) de capacidade instalada no País. O número, representa um aumento de 14,4% frente aos 4.470 GW do fim de 2019.
Ainda de acordo com a pesquisa, o número de novas instalações de sistemas de micro e minigerações já é uma realidade desde o ano passado.
Para se ter uma ideia, somente nos primeiros três meses do ano, por exemplo, a alta foi de 21,5%.
O sentimento do presidente da ABSOLAR, Rodrigo Sauaia, é positivo, afinal, ele acredita que haverá uma demanda reprimida para ser atendida pós-Coronavírus.
\”Quando a situação mais crítica for ultrapassada, haverá um aumento importante no volume de pedidos\”, disse o presidente durante entrevista ao Estadão.
Consumo de energia solar no Brasil
O diretor-geral da Agência Nacional de Energia Elétrica (ANEEL) vê o avanço dos sistemas fotovoltaicos em geração distribuída como um resultado positivo das regulações do setor, realizadas nos anos de 2012 e 2015.
Na época, a ANEEL permitiu que a tecnologia se expandisse, transformando os chamados “prosumidores” numa realidade do mercado brasileiro de energia, em processo semelhante ao que já foi observado em outros países onde essa prática também se desenvolve.
No entanto, mesmo com todas as avaliações positivas do consumo no Brasil, o mercado ainda é muito pequeno. O país possui 84,4 milhões de consumidores de energia elétrica.
Desse número, no entanto, apenas 0,3% faz uso do sol para produzir eletricidade (pouco de mais de 200 mil conexões).
Energia solar em outros países
Na comparação com outros países, o Brasil possui entre 10% a 20% das conexões existentes em nações.
Como exemplo podemos citar a Austrália, China, EUA e Japão, que já ultrapassaram a marca de 2 milhões de sistemas solares fotovoltaicos.
Além disso, a Alemanha, Índia, Reino Unido e outros, já superaram a marca de 1 milhão.
No entanto, como já mencionado no início do artigo, há uma boa perspectiva de melhorar este quadro no país após a pandemia.
Isso porque o Governo Federal e o Congresso Nacional sinalizaram que pretendem desenvolver a geração distribuída a partir do sol.
Conclusão
Para finalizar, o presidente da ABSOLAR já pensa em uma próxima conquista para o setor, que seria a construção de um marco legal transparente, estável, previsível e justo.
Tudo isso para que não haja mais insegurança jurídica sobre o mercado, reforçando, assim, a confiança da sociedade em um futuro com mais liberdade, prosperidade e sustentabilidade para os consumidores e a população.
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